13.2.11
Marlene Dietrich Fez sua primeira aparição em televisão na TV Tupi do Rio de Janeiro em 1959.
No estúdio não entrava ninguém, somente a orquestra e os membros da equipe.
Naquela noite toda a TV mais movimentada do que nunca, Marlene Dietrich ia cantar. O show estava marcado para às 10 e 1/2 da noite.
Na salinha de auditório um aparelho de televisão estava ligado, as cadeiras completamente ocupadas, gente sentada no chão e em pé. Havia uma imensa curiosidade.
Jací Campos (popular diretor e produtor da televisão, conhecido por "Câmara 1") apareceu em cena, vestindo smoking e servindo como mestre de cerimônia para apresentar Marlene.
O cenário era bonito e simples: apenas uma cortina clara e um candelabro.
Então surgiu a bela figura esguia de Marlene Dietrich.
Olhou para a câmara de televisão e disse "Hello", com aquela voz grave e acariciante.
A personalidade de Marlene conquistou logo o auditório.
A estrela respondia em inglês, Jací Campos traduzia para o público e fazia novas perguntas. Marlene sorria e falava sobre sua vida, sua carreira, como começou, sobre Joseph Von Sternberg, sobre América, sobre ter sido soldado na guerra, sobre medalhas que recebeu...
Cantou "Falling in Love Again", "The Boys in the Backroom".
No Intervalo
Marlene apresentou-se com um vestido de lamé dourado, de mangas compridas, sem decote e sem transparência, na época, seria impossível na televisão usar um de seus vestidos de gaze, postos por sobre o corpo.
Depois veio uma bouquet de palmas coloridas. Marlene sorriu. Cantou mais uma vez. Falou com Jací Campos. Despediu-se. Deu as costas para a câmara e foi embora.
O corredor do estúdio estava cround e opened way quando ela passou.
Rapidamente foi para o seu camarim, largando atrás de si uma onda de curiosidade e admiração.
Na rua havia uma multidão esperando por ela. Para poder sair Marlene teve que ser auxiliada pela Polícia de Choque. Ela, porém, foi mais esperta. Atravessou, pelo segundo andar, um terraço que ligava os dois edifícios da então TV Tupi (antigo Cassino da Urca) e saiu no outro edifício. Pegou um carro, ligeiramente, e se foi.
Texto: MAX EDUARDO ZIEMER
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